Escrevo... Como se o amanhã não houvesse,
E de cada verso redigido, faço meu esconderijo.
Às palavras que construo, a boca não obedece!
Sei agora que é na escrita que acho meu regozijo.
Escrevo... Porque mais ninguém me ouve!
Porque me tranquiliza na beira de cada abismo.
Cada palavra outrora dita, a pouco me soube.
É agora na escrita que impeço meus cataclismos...
Escrevo... Pois tantos foram os ensinamentos
De quem há muito desejou ser meu refúgio.
Não mais lacrimejei! Aceita meus agradecimentos
Por objectares a vinda de um segundo dilúvio...
Me fizeste singrar num mundo de Utopia,
E do meu próprio mundo, desejaste fazer parte,
Unidos, destes dois mundos consentimos sintonia
E, como por magia, cá nasceu um modelo de arte...
Aceitei acreditar, e parti numa auto-descoberta,
Procurei levitar os sonhos que haviam desfalecido.
Num oceano de desgostos a inspiração esteve imersa,
Águas passadas, que resultaram na escrita de um livro...
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