Cidade Minha

Tu sim, da Luz és cidade,

Pelo conhecimento que conténs,

E a tradição que a ti reconhecem...

Essa sim, será Invicta.

Afortunado aquele que te tiver pisado,

Pois Eternos são os teus bens!

E os estudantes a ti pertencem.

Essa distinção para sempre reivindica!

Pertences a quem te cultiva,

A quem um pouco de si, em ti, semeia,

A quem te faz orgulhosa,

Por cada cântico proferido... Cada grito dado...

A quem grita "Briosa", e um vigoroso

Arrepio sente em suas veias,

A quem o choro é uma sina

Após cada pedaço teu recordado...

Te fizeram Portugal dos pequenitos,

E da Saudade fizeram balada,

Tu, terra que aos doutores é devida,

Assim como aos seus afilhados,

És palco de eventos festivos.

Que nunca acabe a Queima, ou a Latada!

És a Terra Prometida

Para quem um dia quis conhecer o Fado...

Enorme prestígio conservas,

Mesmo após te destituírem de capital.

Mas restituo esse título!

Pois, pelo teu conteúdo, mereces esse relevo,

E quem de ti conhecimento não herda,

Vida deste nunca terá belo final,

Pois sortudo é aquele que pode dizer

Que foi banhado pelo Mondego.

Certamente há quem se recorde

Que um dia foste dos Mouros,

E dos teus antepassados guardamos

Dos romanos, Conímbriga.

Toda a história por ti feita, agora por ti fala,

Oh cidade dos Coros,

E por tudo o que nos contas,

Quem mais poderia ser nossa insígnia?

Ainda são tantos os escritos inspirados,

Junto ao teu Rio dos Poetas,

Perduram também as trovas de amor...

Tradição esta que não finda!

Exponho-te estes versos declarados.

Ficam aqui, são minha oferta,

Para te procurarem, pois o que não te viu,

Beleza desconhece ainda.

Do que já foi dito não pretendo imitar,

Pretendo sim acrescentar,

Para suscitar procura do teu sabor,

Pois em todo Portugal não encontro,

Nem mesmo em Lisboa ou Porto,

Cidade com tão grande tradição e esplendor.

Esta cidade sempre será nossa...

Mas também poderá ser vossa,

E poderão vê-la vistosamente crescer,

Pois a população que a visita,

Poder confirmar esta homenagem escrita.

Quem a pisa, nela quer andar enquanto puder...